8 de março de 2012

Paheli (2005)






Bem, pra finalizar a Semana do Poder Feminino Indiano, vou finalizá-la bem romântica. 

Pra ser sincera eu amo a dinâmica do filme, já que ele é narrado por dois bonecos. O filme fala de Lachchi, uma garota esperta que se casa com Kishen, o filho de um rico comerciante. No entanto Kishen é um homem resoluto, que faz tudo o que seu pai deseja e para satisfazer a ambição do seu pai sai em uma viajem de 5 anos tão logo se casa com Lachchi. E uma noite antes da viajem em vez de ficar ao lado da sua esposa ele se dedica aos cálculos e não lhe dá atenção.

E assim no dia seguinte ele parte sem mesmo ter uma previsão de volta. No entanto durante a passeata do casamento pela cidade um fantasma, Prem, se apaixona por Lachchi e tão logo Kishen sai de casa para sua jornada ele vai para casa de Kishen se passando por ele o que deixa seu pai muito furioso, mas o fantasma sabe como saciar a sede do pai de Kishen e assim todos os dias ele lhe dá uma moeda de ouro (Talvez ilusoriamente). O amor que o fantasma tem por Lachchi faz com que ele não fique muito tempo sem contar para ela que ele é um fantasma. E tão logo conta espera que Lachchi a deixe, mas ela se sente perdidamente apaixonada pelos sentimentos do fantasma e o aceita. 

E então começam a viver seus momentos de felicidades juntos e tudo parece perfeito. E Kishen fica recluso de sua esposa, mas sempre se lembra dela e nem se quer imagina que seu lugar foi usurpado por um fantasma. Mas quando sabe sobre rumores da gravidez de sua esposa, resolve voltar pra casa, e então até quando o fantasma continuará em seu lugar? E o amor que Lachchi cultivou por ele? Como a situação ficará?

Bem, ultimo dia da SPFI, e eu não poderia terminar de uma maneira melhor. Nas postagens anteriores sempre fiz questão de frisar a mulher indiana moderna e toda a sua luta social e prol de uma conquista maior. Mas nesse último post gostaria de falar de uma mulher que lutou pra mudar o seu mundo. Pode até ser ingenuidade minha, mas se as lutas sociais precisam existir e precisam acontecer elas devem começar dentro do seu lar. E nada como começar a conquistar quem você ama e lutar pra ficar com ele. Pois as mudanças que acontecem dentro do lar vão aos poucos se expandindo de dentro para fora.

E em Paheli, fala justamente da mulher que faz a escolha de ser feliz. Gente eu falei ESCOLHA! Onde já se viu em uma sociedade como a indiana, ainda mais de falando dos moldes tradicionais da sociedade, uma mulher ter alguma escolha? Pois é, Lachchi, não só teve a oportunidade como aproveitou-a de todas as formas. E claro que a escolha é um fator preponderante no cenário em que o filme se constitui. A mulher indiana sempre esteve sujeita aos deveres com sua família exercendo um papel de submissão e dependência muito grande. Para sua sociedade ela é apenas mais um encargo financeiro, sendo assim considerada um desaire (desgraça) para a família.



PS: Sei, que é semana da mulher, mas não tem como não comemorar o fato de ter dois ShahRukh Khan no filme.

Edit 27/05/2018: Eu fico olhando essa postagem, depois de anos, e pensando o quanto eu mudei. A começar pelo ranço que peguei pelo ShahRukh e qualquer trabalho dele. Até as mínimas aparições em filmes me irrita. Mas é a vida, né? Vivendo e aprendendo.


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Um comentário:

  1. Parabéns pela postagem, gosto demais de Paheli e vc o descreveu perfeitamente...é a escolha pela felicidade!

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