Humsafar (2011)

*Esta postagem contém spoiler ou caso prefira, trechos reveladores *

Série Paquistanesa

Sinopse:

Khirad (Mahira Khan), é obrigada a se casar com Ashar (Fawad Afzal Khan) seu primo rico que é da elite que é o último desejo de sua mãe moribunda e seu tio Baseerat (Behroze Sabzwari). A série gira em torno das provações e tribulações que os dois enfrentam, com a intromissão constante da mãe de Ashar, Farhida (Atiqa Odho) e Sarah (Naveen Waqar), amiga de infância de Ashar que o ama mas não é correspondida por ele. Da confiança hesitante, ao amor e, em seguida, à traição final, Khirad deixa Ashar, mas o destino mais uma vez os reúne com outro membro da família, Hareem (Sara Kashif) desempenhando um papel crucial na reunião. Será que ela vai ter sucesso em fazer a ponte e acabar com todos os mal entendidos entre Ashar e Khirad, e unir os dois para sempre? Será que eles vão finalmente ser capazes de formar um vínculo de amor e respeito que um casamento exige? É possível formar um vínculo inquebrável e eterno com a própria pessoa que inicialmente não queria na sua vida? Como essa história vai se desenrolar? 

Com: Fawad Afzal Khan, Mahira Khan, Atiqa Odho, Sara Kashif, Naveen Waqar, Noor Hassan Rizvi

Download: AQUI

Aqui vamos nós:

Miga, você é linda mesmo
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Este é a primeira postagem do blog, e eu particularmente não sei por onde começar, são tantas coisas que quero explorar, desabafar, pôr pra fora e por aí vai. A série começa com aquele drama maravilhoso que todos nós, fãs do cinema asiático de um modo geral, estamos acostumados a amar lidar. Khirad está com uma mãe doente, que vai morar na casa do tio rico, que tem um filho gato, Ashar, pra arrancar nossos suspiros. A mãe parte pro paraíso e faz com que a filha se case com o sobrinho. Acredito que bem aqui temos um dos pontos que mais me chama atenção em toda a série. Qual o motivo? Bem, aqui é o momento é em que temos uma mudança não só apenas nas circunstâncias de vida da personagem, Khirad, mas também uma possível mudança permanente das atitudes da Khirad. Que fique claro, que este não é apenas o único momento na série em que a personagem tem que jogar pra cima o que ela era ou o que se tornou para poder lutar e sobreviver a reviravolta. A sua mãe, desde o falecimento do pai, a ensinava que ela deveria ser uma mulher forte e orgulhosa do que se tornou. Tão logo ela se casa com o Ashar, ela ainda continua a manter sua personalidade forte e orgulhosa, mas tão logo começa a aproximação entre o casal, a mudança na personalidade dela passa de mulher orgulhosa e independente para mulher "só vou fazer isso porque ele gosta, ele quer". Khirad é a mulher paquistanesa que muitas desejam ser, ela é uma mulher orgulhosa e que tem tudo a favor de sua carreira profissional, mas no fim do dia ela só vai a faculdade porque o marido gosta/quer, e não porque ela anseia por uma realização profissional. Essa foi a mudança que mais me deixou chateada na personagem, ainda bem que nada dura pra sempre.

Azarando o primigo, mas tô sozinha
nesse amor #chocada

Vamos falar do Ashar também, afinal, ele é um dos protagonistas e temos algumas coisinhas pra falar. Esse é o personagem em que até o momento em que vos escrevo, eu ainda não decidi se amo ou se odeio. Eu comecei com ódio, por quê? Bem, ele é o garoto rico, filhinho perfeito do papai, até aí nenhum problema, afinal no relacionamento entre ele e o pai estavam as suas realizações profissionais e como pessoa, nesse quesito estamos bem, mas no minuto seguinte, ele demonstrou-se uma pessoa muito preconceituosa e desrespeitosa. O primeiro mês do casal foi bem complicado, ele nadando em preconceitos e a Khirad navegando em águas da depressão com a morta da mãe e também pelo orgulho de afirmar o que era para se defender das armas preconceituosas do recém marido. Depois desse momento, pitoresco e trágico do Ashar, ele melhora bastante quando começa a dá uma oportunidade para a Khirad mostrar quem ela é, e assim os preconceitos foram esmaecendo até desaparecerem. Outro item que me deixava bastante irritada era a amizade dele com a Sara, sua prima materna e melhor amiga de infância, a quem ele confidenciava os acontecimentos do seu casamento e ela tentava influencia-lo para que ele de alguma forma se separasse da Khirad, mas coleguinhas, nós sabíamos que essa separação não aconteceria por simples vontade do Ashar, mesmo que inicialmente ele não amasse a Khirad. E apesar de não existir amor amor entre o casal, inicialmente, eles vão construindo uma relação harmoniosa e aos poucos vão se entendendo. Nesse momento surge o Ashar que desperta em mim um pontada de amor, pois, ele passa a desconstruir seus preconceitos e entender a Khirad e passa a ser um bobo apaixonada que trabalha durante o dia com a ansiedade reinando em seu peito para chegar em casa e encontrar a esposa.

Amiga! Acredito que não fui
com tua cara porque tu me lembras
a Sonam e eu não gosto dela

Durante os primeiros capítulos percebemos que o desejo da mãe do Ashar, Fareeda e sua irmã, Zareena, eram casar Ashar e Sara, o que fez com que no coração da Sara brotassem um amor além do fraternal pelo Ashar, mas estava bem na cara que aquele amor era unilateral desde o começo. O problema de um amor unilateral, como o da Sara, é que ele ficaria sempre sendo unilateral. O Ashar estava casado e por fim estava se apaixonando pela sua esposa, estava um pouco óbvio que a menina que se mostrou bem infantil com o acontecimento do casamento, mas também percebemos que de alguma forma o Ashar não estava disposto a se livrar ou perder aquela amizade. E olha, por um lado eu entendo, mas chega um momento em que devemos abrir os olhos para o tipo de amizade que temos, mas no fim, o Ashar não estava disposto a ter essa pequena atitude. A relação que vai se dando entre o trio é um pouco estável, visto que o amor do Ashar e da Khirad estavam cada vez mais sólido e que os pequenos ataques infantis da Sara não surtiam efeito, então, com o clima de paz se instaurando nos primeiros 5 episódios da série, já ficamos pensando em mil possibilidades de acontecimentos para abalar o relacionamento dos dois. No entanto o tiro vem de onde menos esperamos. Toda jogada de fatalismo e ações que balançaram a série vem daquela que, na minha opinião, é sim a maior, se não a única vilã da série, Fareeda, a mãe do Ashar.

Gente! Tá quase uma Paola Bracho
não acham?

Até então, nesse post eu só mencionei a mãe do Ashar, e concentrei minhas falas nos que deveriam ser o trio que move a série, e ainda é um trio, só que nele a Sara é substituída pela Fareeda. A Fareeda no primeiro momento da série se mostra completamente contra o casamento do filho com Khirad, mas seu marido, Baseerat, está irredutível e irá cumprir a promessa que fez a sua irmã em casar seus filhos. Com o casamento do filho e da sobrinha, tudo parece ter se encaixado, Fareeda conquista o afeto de Khirad e aparentemente ela também conquistou o carinho de Fareeda. No entanto, não se pode ver com os olhos aquilo que está no coração se a boca não falar. Após esse longo momento de paz na família de Baseerat, ele parte para o paraíso e vai se encontrar com a irmã. As relações entre Khirad e a sogra ainda parecem a mesma, mas surgem Khizar, personagem que se torna peça fundamental para armação que abalará a relação do casal e também o homem mais desprezível da face da terra. Com o surgimento do Khizar na trama, volta a surgir no Ashar a parte dele que não gosto. Ele se torna uma pessoa ciumenta e em constante momentos questiona a si mesmo se o amor da Khirad é verdadeiro, e não chegando a um consenso interno de sus emoções despeja suas duvidas em forma de indiferença na Khirad, e ela por sinal sempre no escanteio não faz outra coisa a não ser ceder as atitudes do Ashar... Coisa irritante, gente! A mãe percebendo os momentos de incerteza que povoa a mente do filho arma o plano que pode abalar toda a estrutura de relacionamento do casal. E o golpe é tão certeiro, quanto sabemos que depois do dia vem a noite e após a noite vem o dia. A mudança repentina da Fareeda me pegou tão de surpresa que até este momento em que vos escrevo não consigo me consolar por não ter percebido que ela era uma víbora o tempo todo e eu não percebi.

Com o plano da Fareeda em ação percebemos então que a Sara nunca foi realmente o problema do casal, e que no final das contas ela era apenas um fantoche da Fareeda, como disse a minha amiga Carol quando estávamos discutindo a série, que poderia ter dado muito certo se com a separação do Ashar e Khirad, ele se interessasse por outras mulheres, o que não foi o caso, uma vez que 4 anos e meio se passaram até a volta da Khirad e ele continuava na mesma, colocando a Sara apenas como sua amiga. Uma das questões chave pra mim, em que a Sara deveria ter percebido que nunca o teria como homem foi na sua tentativa de suicídio, em que mesmo diante dessa situação ele não abandonou a palavra que tinha dado ao pai para ficar com ela. A separação do casal também me deixou bastante zangada, uma vez que  o Ashar nenhuma vez sequer deu uma chance para a Khirad ter voz durante a situação. Quando o pai dele morreu, ele fez uma promessa ao Baseerat, mas não se preocupou nenhum pouco em cumpri-la diante da situação, e apenas depois de 4 anos e meio que ele foi pensar no que tinha prometido ao pai, para então ler a carta da Khirad, ouvir a armação da mãe e perdoa-lá.

Amo essa foto! Gente que sorriso mais lindo! *---*

Trailer: